terça-feira, 24 de junho de 2008

Presença ou cobertura espiritual?

Esta semana estava meditando na promessa de Jesus que disse:" Nunca te deixarei jamais te abandonarei" (Hebreus 13:5). Nesta mesma semana li num site aqui na internet onde seguidores de uma determinada denominação, cujos líderes estão retidos nos Estados Unidos pela justiça americana, começaram a chamar seus líderes fundadores de "pai" e "mãe" (ou até paizinho e mãezinha) espiritual, de onde, desta mesma igreja se difundiu muito a idéia de estar "debaixo de uma cobertura espiritual", ou seja, se referindo à necessidade de estar se submetendo à liderança de algum apóstolo, bispo ou pastor. paralelamente a essas duas reflexões, comecei a ler o livro do Frank Viola " Quem é a tua cobertura?" (ao qual baixei gratuitamente pela internet e recomendo que leiam quem assim deseja ampliar a compreeensão deste interessante assunto) , pois bem, as idéias se conflitaram dentro de mim.

Quando o texto aos Hebreus falava ao meu coração, confesso que refletia no real significado dele. A idéia de nunca ser abandonado pelo Senhor, seja lá quais fossem as circunstâncias, me trouxera um grande alento numa hora dificil que atravessava. A certeza do abandono dos amigos, da familia e até dos "irmãos" faz a alma entrar numa profunda caverna escura.

Por outro lado, vejo que três personagens, verdadeiros ícones na fé, em algum momento de suas vidas não só se sentiram abandonados, como expressaram a dor do abandono.
Temos Davi, Paulo e até mesmo o Senhor Jesus Cristo.

No Salmo 142, o Salmo emque Davi estava numa caverna, no verso 4 ele diz:" ...não há um lugar de refúgio, não há quem me reconheça, ninguém que por mim se interesse..."

É interessante que Davi tenha dito isso dentro de uma caverna. Sentir o abandono, o vazio de não significar nada a nínguem e percebendo quão invisível ele se tornara para as pessoas não conseguindo sensibilizá-las ao seu nível de angústia e tristeza e com isso aumentando ainda mais seu estado de abandono, foi muito ruim pra ele.
Davi era aquele que havia sido o campeão de seu povo, enfretara o gigante, tendo sido hóspede no palácio do rei Saul, as letras das canções nas bocas das moças de Israel flertavam o seu nome, e agora sentia-se abandonado e esquecido.

Paulo, o apóstolo, o fundador das muitas igrejas na Ásia, temido e respeitado por seus co-cidadãos judeus, mestre de muitos jovens discípulos e influente até mesmo na alta sociedade gentílica de sua época. Homem de muitos milagres e que atraíra multidões de cidades inteiras, cuja fama era o "tal" que virava os lugares por onde passava de cabeça para baixo, termina seus dias numa prisão em Roma dizendo que "em sua primeira defesa, perante César, nínguem foi a seu favor, ninguém protestou e ninguém o defendeu; antes, todos o abandonaram (2ºTim. 4:16). Sendo já velho, idoso, no entanto, um gigante na fé, termina os seus dias desse jeito.
Dá para entender uma coisa dessas? Onde está o amor de suas muitas igrejas fundadas? Na carta aos Coríntios, Paulo se ressente de que suas ovelhas estivessem honrando líderes que só queriam explórá-las e que por outro lado, sua liderança entre eles já estivesse caindo no abandono. Não me conformo com o fim solitário de Paulo...

E Jesus?

Sentiu a dor do abandono. O salmo 22 profetiza seu total estado de abandono na cruz. Entretando, por várias vezes ele percebeu a insensibildade dos discipulos que o acampanhavam; mencionou isso, reclamou disso. Já na última ceia, se conformou com a natureza humana, cheia de contradições e covardias. sabia que não poderia contar com eles para aquilo que ia enfrentar, finalmente Ele disse: " meu Pai está comigo!"

Tudo isso pensei na semana em que vi um pouco de minha vida passada. É claro, longe de se considerar como alguns desses homens. E de fato, quem é que já não se sentiu abandonado e esquecido?

Dizem que a expressão máxima do ódio é o abandono. Uma vez que alguem galgou todas os degraus da escada da mágoa, do rancor e das mais variadas expressões da amargura, o resultado final do desamor e´o abandono, a indiferença, o esquecimento.

Pois nesses momentos podemos sentir a ausência da presença de Deus, mas não a certeza da perda de sua presença de fato confome prometido em sua palavra.
É aí que as emoções e a fé se separam. Nesse ponto chegamos na bifurcação do caminhar com Deus! De um lado da estrada, se opta em caminhar pelos sentimentos, pelas emoções de Deus estar ou não conosco, e por outro, caminha-se pela fé na palavra do compromisso de sua presença sempre, todos os dias até a consumação dos séculos.
Neste ponto podemos nos ajuntar a Jesus, Davi e Paulo dizendo: " Meu Pai celestial está sempre comigo."
Continua...

terça-feira, 10 de junho de 2008

A estranha possibilidade de viver sem religião!

No Apocalipse capitulos 16, 17 e 18, encontramos o juízo divino sendo derramado sobre a religião o comércio e a política que domina no sistema satânico o qual chamamos de "mundo". Não se trata do "cosmos" e nem da raça humana como criação de Deus (João 3;16), mas do mundo como sistema tirânico, injusto e diabólico. O interessante é que nesta altura da história da civilização humana, ou seja, os dias finais do governo humano na Terra, a religião, o comércio e a política se fundiram em um só sistema de dominio e de controle do Anticristo.
Os três se tornaram um trindade de controle sobre a raça humana. De fato, é quase impossivel hoje não estar preso ou subjugado pelas forças que estão por detrás destes sistemas.

O apóstolo João diz em sua carta: "não ameis o mundo".
Seria muita ingenuidade pensar que aquela grande prostituta que está no cap 17 de Apocalipse trata-se apenas das grandes religiões do mundo, tipo: Católica Romana, Espírita Kardecista, Budismo, ou qualquer uma outra, pensando que quando se trata da igreja protestante, ou até mesmo a evangélica "pentecostal", seria pecado afirmar que ela está incluída na diabólica Meretriz do Apocalipse!
Alí tudo se fundiu!

Ali nem mesmo o "Cristianismo" se salva! O Cristianismo em todas as suas vertendes caracteriza com suas hieraquias e seu consumismo comercial e sua ganância pelos poderes deste mundo, está ali no Apocalipse se deleitando com o sangue daqueles que morreram por amor ao Evangelho Eterno.

Mas como isso?
Não é o Cristianismo uma religião fundada por Cristo?
E por acaso veio Jesus a este mundo para fundar uma religião?
Onde é que voce encontra isso no Evangelho?
Quem foi que chamou os primeiros discipulos de "cristãos"?

A eklésia que Jesus iniciou são aqueles que foram "chamados para fora" do sistema do mundo!
Mas a religiosidade evangélica nos "empurra" para dentro dele de novo!
Demorei 30 anos para perceber isso!
Não sei como Deus "julgará" os que estão lá dentro, mas sei que Jesus nos chama para fora! (Hebreus13)

Mas o que me faz pensar que hoje a igreja "evangélica" pode ser incluída como um grupo religioso e estar dentro dela é estar numa religião como outra qualquer?

As denominações (nomes, bandeiras, slogans, hinos...).
As tradições e a história da denominação.
O local que chamam de igreja, templo e "casa de Deus"
A liturgia musical repetitiva; o sermão elaborado, o levantamento das ofertas e dos dízimos e os recados da semana.
O metódo de evangelismo e das missões, e com isso, a necessidade de manter a "obra do Senhor"
A ênfase nas personalidades que pregam, cantam; dos pregadores eloquentes e "fogo puro".
As Bíblias com comentários, de estudos (Bíblia de Estudo Pentecostal, Profecias, Vitória Finaceira e Batalha Espiritual, e por aí vai...).
A ambição e o triunfalismo político.
A vontade do Senhor de estar na televisão.
As hierarquias eclesiásticas constituidas; os postos, cargos, títulos e funções (OS UNGIDOS DO SENHOR, OS APOSTOLOS, BISPOS e REVERENDOS).
As Diretorias e as Assembléias.
O comércio da "FÉ" em campanhas e o uso abusivo dos objetos místicos ( lencinho, óleo ungido, rosa ungida, sabonete ungido e água ungida) a "campanha da Semana".
O repasse e as vendas dos objetos ungidos!
O culto da "Vitória"; a "sexta feira dos milagres", a "quarta feira da Cura", o domingo da Familia, o sábado da Prosperidade.
Os encontros, seminários, congressos de "FOGO PENTECOSTAL"!!
Departamentalizações de esquesitices doutrinárias (Seminário dos MILAGRES, DA CURA INTERIOR, DA BATALHA ESPIRITUAL, DAS QUEBRAS DE MALDIÇÕES, DOS MAPEAMENTOS DE ESPIRITOS TERRITORIAIS)
O dia de domingo para ir no "culto".
A Escola Dominical, a E.B.D. (e suas revistinhas)
É um deus com lugar e hora marcada para abençoar e abrir o "baú da felicidade". Mas só abre o baú se voce der algo em troca!
As disputas de poder entre os pastores e "suas" regiões demarcadas pela denominação.

De onde tiraram tudo isso?
Não foi do Evangelho!

domingo, 1 de junho de 2008

Está faltando pulso firme professor!



Estava tentando passar alguns exercícios de Língua Portuguesa na lousa numa classe de quinta série numa escola da periferia na cidade em que moro, enquanto isso, alguns alunos quase derrubavam a sala com tanta bagunça que faziam. A diretora que ficava perambulando a maior parte da manhã pela escola, e como gostava de surpreender os professores eventuais, entrou em minha sala e disse: “Professor, tem que ter o pulso firme e não permitir que isso aconteça!” Isso ela disse na frente dos alunos. Ela me deu a bronca e não ficou ali pra ver o que aconteceu depois. Realmente, se alguém entrasse naquele momento na sala de aula daria um flagrante numa cena muito comum hoje em dia na maioria das escolas públicas: a total falta de autoridade dos professores. Porém, há muito que se refletir sobre isso.


Um professor na cidade de Cianorte, cidade satélite da capital federal, foi agredido por um aluno ao final do período de aula precisando ir direto para o pronto socorro. Pegou licença dizendo que nunca mais poria o pé de novo numa sala de aula, isso depois de mais de quinze anos na profissão. Tenho um colega, professor também, que é chamado de todos os palavrões conhecidos por alguns alunos dentro da classe, que acho melhor não descrevê-los aqui. Ele tem um conteúdo excelente de conhecimento para transmitir aos seus alunos, mas isso, não é possível!

Numa escola de periferia na cidade de Jandira, interior de São Paulo, uma professora foi surpreendida com um “aluno” com uma arma escondida na cintura debaixo da camiseta. Entrei numa classe uma vez substituindo uma professora com os olhos vermelhos de tanto chorar, foi agredida verbalmente por três alunas adolescentes. Neste mesmo dia, outra professora foi embora abandonando a classe no meio da aula, pois impossível se tornara ficar ali com tanta bagunça e gritaria.
Bem, eu poderia ficar aqui citando casos e mais casos, mas isso não é necessário, pois histórias assim já não sensibilizam mais ninguém.

Só que a atitude da diretora da escola incomodou fazendo-me refletir nestas histórias todas: Onde está faltando autoridade? Qual o papel do professor na escola? A escola deveria continuar aceitando adolescentes que vão à ela sem realmente estarem ali com o propósito de estudarem? E os pais? Qual a culpa deles? E a direção da escola? Será que não falta autoridade neles também perante a comunidade onde está inserida, começando pelas diretoras? As diretoras das escolas não deveriam administrar uma escola dando a ela, aos alunos e aos professores condições mínimas de ensino-apredizagem em seu meio?

Primeiro que, a função da escola é ensinar a ler, escrever e transferir conhecimentos, e isso, num ambiente de silencio e concentração. Este é o papel básico da escola. Os professores são os instrumentos humanos que ela possui para poder fazer isso. Educação de fato, ou seja, respeito e boas maneiras, não se começa aprendendo na escola e sim na casa. Entenda aqui, a palavra “educação” como sendo as boas maneiras que aprendemos de nossos tutores, sejam os pais ou não, quando ainda estamos usando fraldas e mamando numa mamadeira, e que depois, conforme vamos crescendo, uma varinha de marmelo nos ajudavam a fixar algumas regras de comportamento perante os adultos. Lembram disso? Em minha época, quando criança, as crianças não abriam a boca quando adultos conversavam.

As diretoras das escolas deveriam exigir das autoridades locais um policial armado no portão de cada escola permitindo que só alunos que querem aprender entre em seu território. Pois os bons alunos são prejudicados de fato, por aqueles garotos e garotas que não querem nada com o ensino e que vão a escola porque encontra na sala de aula um ambiente “protegido” para algazarra. Isso sem mencionar o problema de tráfico de drogas dentro das escolas. Pais de bons filhos deveriam exigir a mesma coisa da direção da escola. Professores deveriam se recusar a darem aula quando o ambiente de trabalho não for favorável ao ensino/aprendizagem. Pais e alunos que não aceitassem isso, não teriam o direito de ter seus filhos dentro da escola. Alunos indisciplinados deveriam ser suspensos imediatamente pela direção da escola. E caso fosse reincidente, a escola não deveria aceitá-lo mais ali. É o principio simples da laranja estragada numa caixa de laranjas boas

Creio firmemente que se estas pequenas exigências fossem levadas à pratica, uma melhora considerável veríamos acontecendo no Ensino Publico. Não adianta o governo gastar milhões e milhões de reais em salários com professores e funcionários das escolas e milhões e milhões de reais com material didático, se a ordem e autoridade não forem restabelecidas dentro de seus muros.

Há muito que se fazer quanto a isso, mas isso já seria um bom começo.
Ou então transformem as escolas em presídios e ficará resolvido o problema da superlotação.
O resto é enganação!

Reinaldo Amaral de Almeida
Letras e Pedagogia

Lançamento do livro: CAÍDOS - Autor: Reinaldo de Almeida

  A GLÓRIA DE DEUS. Existem muitos textos na Bíblia referente à GLÓRIA de Deus! DEUS é o DEUS GLORIOSO. É um dos atributos d'Ele! Deus t...