quinta-feira, 17 de julho de 2008

Um penetra no Palácio da Babilônia


Nabucodonosor não conseguiu escapar das garrras da Graça!


A palavra "incrível" seria inapropriada para demonstrar um desfecho tão extraordinário da ação da misericórdia de Deus na vida palaciana de um dos reis mais magníficos da História dos grandes impérios do passado, mas se tratando da ação de Deus, tudo é possível.

O ápice da Graça de Deus na vida de Nabucodonosor foi tê-lo submetido a sete anos de loucura e irracionalidade, onde ele mesmo depois reconhece que toda aqueles anos de desvarios foram necessários para que pudesse ter um encontro com o Soberano do Universo.

Seu testemunho dramático após esta doida experiência muito pode nos indicar a possibilidade de um dia encontrarmos esta figura tão imponente sentado à mesa do Reino de Deus almoçando com Abrãao, Isaque e Jacó!

O que me impressiona em tal episódio é a ousadia de Deus em querer alcançar do começo ao fim a alma de Nabucodonosor.
Primeiro, numa ação sutil de Deus, Nabucodonosor trás cativo para a Babilônia aquele homem que seria a chave interpretativa para os sonhos que o rei babilônico sonharia repetidas vezes.
A chegada de Daniel na corte caldéia marca o início da penetração da graça divina na vida daqueles prepotentes imperadores pagãos. Observe como o livro de Daniel não trata só de revelações proféticas acerca dos finais dos tempos, mas sobretudo, muito mais objetivamente, mostra a Graça de Deus deixando as fronteiras históricas e culturais de Israel para salvar os povos pagãos. Imagine o impacto que o testemunho de Nabucodonosor causou no povo caldeu, desde os serviçais que trabalhavam no palácio do rei até o cidadão comum que comprava melancia na feira de domingo nas ruas de Babilónia. Um rei que se julgava divino passando apuros nas mãos de uma Divindade Desconhecida infinitamente maior do que ele!

Nabucodonosor aparece no livro de Daniel auto se glorificando como divindade, obrigando o povo erguer uma estátua em sua homenagem e se despede em seu último capítulo de sua história glorificando a Deus por sua miséricórdia, seu poder e sua soberania acima de todos os povos e pelos séculos dos séculos.

Deus penetra em seu reino através de Daniel, Sadraque, Mesaque e Abdenego. Penetra em sua côrte através da dieta vegetariana dos eunucos hebreus. Penetra em seu show público através do milagre do livramento do trio judeu da caldeira ardente de fogo; um espetáculo que todo mundo sai comentando. Penetra no quarto e nos aposentos do rei invadindo os sonhos do rei. Penetra a administração da Babilônia e do poderio do monarca subjugando a capacidade intelectual de Nabucodonosor, prendendo-o numa coleira como animal , fazendo-o mascar capim como um boi onde finalmente seu coração é alcançado.

O interessante é que a própria visão do profeta (7:4) sinaliza a conversão do rei caldeu, alegando que lhe foi arrancada suas asas e tirado seu coração de animal, levantando-o em pé e quando em pé, lhe foi dado um coração de homem. Enquanto homem, tinha uma coração auto glorificado, seu coração era um coração de animal, quando tornou-se um animal irracional, Deus lhe deu um coração de homem. É a inversão que a graça opera!

Deus tem um senso de humor interessante!

terça-feira, 15 de julho de 2008

O arrependimento do filho pródigo



Já parou para pensar no arrependimento do filho pródigo na parábola por Jesus contada no capítulo 15 :11 - 32 de Lucas?

Suas motivações foram genuinamente sinceras? Ela se encaixa dentro de nosso padrão sistematizado do significado de estar arrependido? Houve ali um remorso por parte do filho pela tristeza que havia causado no coração do pai ou ele pensou em si mesmo e nas condições em que estava por haver abandonado a casa do pai?


Qual foi seu primeiro pensamento em cair em si? A loucura de haver deixado o amor do pai ou o fato dos empregados que trabalhavam para o pai estarem vivendo melhor do que ele?
Ele pensou no pai ou no contraste de sua situação atual com aquela vivida antes de ter deixado a casa do pai? Será que se ele não tivesse comendo junto com os porcos, em completa miséria e fome, e se o dinheiro não houvesse acabado ele teria pensado no papaizinho a quem havia abandonado? Se a riqueza adquirida por herança lhe desse mais tempo de autonomia e independência teria ele voltado?

Acredito que do começo ao fim da parábola Jesus enfatiza o coração gracioso do Pai.
A Graça do perdão é muito maior do que nossas concepções das condições exigidas para a obtenção do perdão de Deus.
Gostamos de determinar o que é perdão válido para Deus e o que não é, mas a parábola do filho pródigo destrói nossas percepções de arrependimento válido. A religião (a igreja evangélica) determina o que significa perdão para Deus mas a parábola do filho pródigo nem isso nos incetiva a julgar o que é realmente estar arrependido.

Os muito anos de igreja evangélica com sua interpretação sobre a parábola do filho prodigo impede-nos de ver isso!

Pois então vejamos:

Segundo a igreja evangélica a "casa do Pai" na parábola do filho pródigo é estar frequentando a igreja, ou seja, fazendo parte de uma denominação, frequentando seus cultos dominicais e se submetendo aos ritos, liturgias e regulamentos de determinada igreja ou pastor. Nada mais longe da verdade, pois naquele momento em que Jesus contava a parábola nem igreja existia e muito menos igreja-denominação, igreja-templo! Essa idéia não norteava a cabeça de Jesus ao contar esta parábola.

A "casa do pai", segundo Jesus, era estar com Deus, em comunhão com ele! Só isso! Tudo isso!

A igreja evangélica gosta de enfatizar a desgraça do filho mais novo, pois tal ênfase reforça a idéia de frequentar e assumir compromissos com a igreja-denominção, igreja templo, mas na parábola do filho pródigo a idéia inicial de Jesus foi enfatizar a não-graça e a desgraça do filho mais velho que se assemelhava aos dos fariseus, em decorrência de Jesus estar na companhia de pecadores, conforme os versículos 1 e 2 do inicio do capítulo, só que os pregadores evangélicos fragmentaram este episódio!

As desventuras do filho mais novo servem aos interesses da igreja-denominação, igreja -templo e oferece um padrão estético do que é "estar com Deus", além disso, faz parte da natureza humana ter prazer com as desgraça dos outros dando-nos a falsa segurança de que se "ele caiu e se desviou, graças à Deus, isso não aconteceu comigo".

Na parábola do filho pródigo, segundo Jesus, o filho mais velho estava tão perdido quanto aquele que saiu de casa, e o que é pior, o fato dele estar o tempo todo na fazenda com o pai e ser um "íntegro servo do pai" não lhe dava acesso á um coração cheio de graça, pelo contrário, a perdição dele era pior, pois seu coração estava cheio de amargura do pai e ódio pelo irmão, além do mais, ele só não saía de casa por causa do medo de perder os benefícios, o conforto e as mordomias dada pelo pai; Ele só servia o pai pelo interesse do que o pai podia lhe proporcionar! Sua perdição era maior!

Só que no discurso evangélico este tipo de interpretação enfraqueceria o apêgo do povo pela igreja-templo, igreja-denominação!
O povo não consegue servir à um Deus que não possui templo, liturgia, lugar e hora marcada. É a religião.

Não somente na parábola do filho pródigo, mas tambem das dracmas, da ovelha perdida e do administrador infiel, a graça amorosa do coração de Deus é enfatizada em toda sua plenitude, fugindo das possíveis lógicas da religiosidade humana, inclusive numa matematica sem lógica muito bem ilustrada na parábola da dracma , da ovelha e do administardor infiel, tudo isso contada na mesma ocasião, para o mesmo grupo de ouvintes e com a mesma intenção de Jesus impactar os ouvintes e de não nos deixar sistematizar e nem julgar quem pode e quem não pode estar arrependido!

Reinaldo de Almeida

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Um olhar tocado pela Graça.

Um olhar tocado pela Graça.

Falar da Graça hoje pode parecer uma nova “moda”, uma nova mania inventada pelos evangélicos descontentes, pode parecer mais uma nova “onda” que está vindo como uma novidade para pessoas que se cansaram da religiosidade da igreja, pode se tornar até um tema “idolatrado”, ou seja, como se fosse a quarta pessoa da trindade, mas não é!

Há uma vida que pode ser vivida por cada ser humano que conseguir enxergar o outro lado da vida que foi gerado pela Graça divina. Um coração que foi tocado pela presença de Deus e que consegue traduzir e encarnar este toque.

Uma vez que foi tocado por este mundo invisível que foi projetado por Deus, ou seja um mundo segundo aquilo que foi planejado para ser “este” mundo mas que a maldade humana simplesmente não consegue e não deixa acontecer porque nunca viu e nunca sentiu como seria isso. É como conseguir olhar pela janela deste mundo e ver o mundo de Deus lá no lado de fora. É como estar dentro deste mundo e conseguir de repente ver o mundo de Deus lá fora. Deus sinaliza nosso olhar para esse mundo, o Seu mundo o tempo todo, mas não conseguimos enxergar. Os problemas desta vida, as aflições e dramas pessoais de cada um de nós, a correria e os negócios a serem resolvidos no dia a dia não permitem que enxerguemos. Até mesmo toda a religiosidade humana cria um véu que não nos deixa ver o mundo maravilhoso de Deus que está por detrás da cortina da janela deste mundo. O mundo de Deus está lá do lado de fora e não conseguimos enxergar! É irônico e trágico.

Só um coração que foi tocado pela Graça é que pode ver e sentir esse mundo invisível de Deus! Ele é mais real do que o nosso. Mais real porque Jesus disse que “este” mundo vai passar e está se destruindo e se desvanecendo e porque este mundo vai precisar dar lugar ao Reino de Deus que já está aqui e veio para ficar! São dois mundo: este aqui, o visível, efêmero, passageiro, cruel, injusto e violento que os homens governam e o mundo de Deus, invisível, eterno e conhecido e chamado na Bíblia de “Reino de Deus”.

Porque o Reino de Deus “não é comida e nem bebida, mas justiça, e paz e alegria no Espírito Santo”. (Romanos 14:17). “Pelo que, tendo um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos agradavelmente a Deus com reverência e piedade” (Hebreus 12:28). “Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. Pela fé habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus”.(Hebreus 11 8-10). E Moisés deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível, tendo por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.” (Hebreus 11:24- 27)

Lançamento do livro: CAÍDOS - Autor: Reinaldo de Almeida

  A GLÓRIA DE DEUS. Existem muitos textos na Bíblia referente à GLÓRIA de Deus! DEUS é o DEUS GLORIOSO. É um dos atributos d'Ele! Deus t...