segunda-feira, 25 de agosto de 2008

A marginalidade do Evangelho

É difícil de entender o Evangelho sem a embalagem da "igreja". Mais dificil ainda é vivê-lo!
O Evangelho é Eterno e nasceu bem antes da igreja existir. A "igreja" não é a guardiã do Evangelho e nem detentora de sua verdade.

No entanto, hoje em dia, parece que muitos não entendem e nem aceitam o fato de você ser um seguidor do Evangelho sem estar dentro de uma "igreja", principalmente os evangélicos!
O interessante que quando um evangélico ouve acerca da graça do Evangelho ele se sente incomodado.
A liberdade dos que foram libertados dos laços enganosos do falso evangelho é irritante à eles.

Paulo diz em Gálatas que os filhos da escrava persegue os filhos da livre, assim como o filho de Agar detestava o filho de Sara; assim como a Jerusalem terrestre, toda perturbada, toda pisoteada pelos homens, aflige os que são da Jerusalem celestial, assim é os que pertecem a religião evangélica pensam acerca dos que encontraram a liberdade oferecida pela Graça.

continua...

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Uma nação de idiotas


Tenho nestes últimos dias lido e assistido os livros e documentários do escritor e cineasta norte-americano Michael Moore. Estou estarrecido com tanta safadeza e com a decadência e a falência da cultura, economia, educação e do sistema de saúde do império norte-americano. O capitalismo imoral dos americanos finalmente está produzindo seus efeitos colaterais no próprio Estados Unidos; como um bumerangue, a nação norte americana começa a colher o que tem plantado de mau no mundo.

A América já não serve como referencial para as nações emergentes como exemplo de desenvolvimento responsável e sadio. A falência do dólar americano nos quatro cantos do planeta atesta o vazio e o caos da política arbitrária e armamentista de Bush. A caçada à Sadam Husseim e a invasão do Iraque foi uma cortina de fumaça na tentativa de esconder as tramóias perpetradas pela industria petrolíferas de Bush com a família de Bin Laden.

O mais triste disso tudo é que os problemas vivenciados pelos americanos são muito parecidos com os do Brasil, com a diferença de que o Brasil nunca vai experimentar as grandezas e as glórias das conquistas capitalistas dos americanos, ou melhor, caso as coisas continuem do jeito que estão, desta política alienada dos nossos governantes e o povo brasileiro insista em continuar calado diante de tanto abuso dos políticos, juízes e empresários brasileiros.

A legislação brasileira é injusta e corrupta.
O sistema de saúde, educação, segurança e outros serviços básicos no Brasil são vergonhosos. O capitalismo brasileiro é mais cruel do que o americano. Os políticos brasileiros são tão hipócritas e corruptos tanto quanto dos norte americanos. Mas disso todos nós já estamos cansados de saber.

O que me intriga é o comodismo e o estado de inércia da população. Falta liderança. Falta mecanismos de rebate. Falta a coragem daqueles que ocupam posições de liderança em suas comunidades.

Michael Moore no documentário "Sicko" critica a indústria da saúde. Ali ele diz que a diferença de uma nação bem administrada (tendo como exemplo o Canadá, Inglaterra e França) é que, no caso de uma situação como a nossa, o povo tem medo do governo, e no caso da deles, o governo é que tem medo do povo. Na França, por exemplo, se o sistema de saúde, da habitação, do trabalho e outros serviços publicos não funcionarem, o povo pára o país! Cabeças rolam se as coisas não funcionarem! Nos países com alto grau de equilibrio social o governo existe para servir o povo, e não o contrário. Aí está a diferença!

O mais triste ainda é vêr a igreja entrando no mesmo barco! A igreja imita o mundo! A liderança religiosa imita o governo! O povo é quem serve os pastores, quando deveria ser o contrário. Reflexo da política do mundo.

Embora Michael Moore não tenha conseguido atrapalhar a reeleição do Bush, ele continua tentando, porque, acredita que "um" pode fazer a diferença.

E nós?

Obs: para quem quer conhecer o trabalho de Michael Moore, poderá ler e assistir:

Cara, Cadê Meu País? (livro)
Cartas da Zona de Guerra: Algum Dia Voltarão a Confiar na América?
O Filme Fahrenheit 11 de setembro (documentário)
Stupid White Men: uma Nação de Idiotas (livro)

[editar] Filmografia
2007 - SiCKO (Filme sobre o sistema de saúde norte-americano)
2004 - Fahrenheit 11 de setembro (
Fahrenheit 9/11)
2002 - Tiros em Columbine (
Bowling for Columbine)
1998 - And Justice for All
1997 - The Big One
1995 - TV Nation 2
1995 - TV Nation
1985 - Operação Canadá (Canadian Bacon)
1992 - Two Mikes Don't Make a Wright
1992 - Pets or Meat: The Return to Flint (TV)
1989 - Roger e eu (Roger & Me)

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

VOSSA CASA FICARÁ DESERTA

" Eis que a casa de vocês ficará deserta" - Mateus 23:38

É interessante que Jesus tenha dito que a casa "deles" ficaria deserta e não a "Minha" casa ficará deserta - se referindo ao Templo em Jerúsalem.
O contexto dessa passagem coloca-nos diante de um duro juízo que Jesus está proferindo para a liderança judaica de sua época. Uma das passagens mais ameaçadoras e condenadoras que Jesus, poucas vezes, denunciou em seu ministério.

Jesus disse "vossa casa" ficará deserta...De fato, o templo, símbolo da religião e da política judaica, foi destruído não muitos anos depois. Aquilo que parecia intocável nos dias de Jesus, não ficou ali pedra sobre pedra que não tivesse sido derrubada pelos soldados romanos anos mais tarde.

Naquela altura de seu ministério (ultímo ano de seu ministério) ele não mais considerava o templo como Casa de Seu Pai. Afinal de contas, ele tinha sido expulso e muito mau recebido ali não poucas vezes.

Interessante que com 12 anos e depois, no início de seu ministério, ele se referia ao templo, carinhosamente, como "Casa de meu Pai", porém agora, ele diz "a vossa casa ficará deserta". Não havia mais afeto, zelo e aproximidade com o Templo. Os líderes não o queriam mais ali, pelo contrário, já haviam planejado como matá-lo. Ele se desapegou do templo. Rompeu, fisica e emocinalmente com aquilo que, legitimamente, poderia ter sido o centro de seu ministério. Só que agora ele admite uma impossibilidade de compactuar-se com o templo e com tudo aquilo que ele representava de ruim.

A história se repete nos dias de hoje. Tenho visto e sabido de muitos templos, grandes e bonitos, vazios. Vazios de gente e da palavra de Deus. Vazios do evangelho.
"Vossa casa ficará deserta", continua sendo a palavra profética de Jesus para muitos ministérios e denominações hoje.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Desconstrução


Em meu primeiro dia de aula na faculdade, a professora de Sociologia entrou na classe e disse: “Estou aqui e sou paga para destruir todas as certezas que vocês acumularam até agora! A partir de hoje, suas dúvidas acerca de muitas coisas aumentarão!”. E ela cumpriu o que disse.

Pra quem pensava que, ao entrar na faculdade, você aprende a ter certezas de muitas coisas, e com isso, fica em vantagem intelectual acima da média das pessoas, as aulas daquela professora foi sempre um “soco no estômago”, ou melhor, no cérebro. Ao final de suas aulas a maioria de nós estava indignada com o desmoronamento que ela causava em nossas muitas certezas acerca daquilo que havíamos tido até então. Eu como um bom protestante evangélico e tendo nascido e sido educado no final da ditadura militar, vendo minha fé se ruindo em muitos personagens da história brasileira, meus muitos mitos e fantasias foram se desmoronando um por um; fui reclamar para a professora de Filosofia, sabendo que ela era uma boa católica e então ela disse: “Reinaldo, no mundo acadêmico não se misturam as coisas, o que a professora de Sociologia está fazendo é uma coisas saudável para sua mente (principalmente se você acreditava em muitas mentiras). Sua mente só poderá assimilar mais conhecimento e informação se sua estrutura mental antiga for destruída e ampliada. É necessário que isso aconteça para que você continue crescendo como estudante e como pessoa!”.

Hoje sou grato àquela professora de Sociologia, pois num certo sentido, ela trouxe pra mim “libertação” das minhas antigas e esclerosadas crenças. Libertou-me dos meus mitos e dos meus medos. Posso pensar com mais nitidez e inclusive analisar e questionar as coisas. Em outras palavras, sou livre para pensar e escolher no que quero crer.

Não preciso mais viver resignado, “engolindo sapo” e decepcionado com coisas ou pessoas. Tenho o pé no chão e prefiro viver com minhas próprias pernas, mesmo que seja tropeçando ou caindo às vezes. É a diferença de um banzai que se muda para qualquer lugar que se queira, de uma figueira, tipo aquela que está plantada na praça central de Florianópolis e que cuja imensa copa cobre metade da praça tendo que ser acompanhanda com escoras de ferro seus galhos e seus ramos. Imponente e majestosa. Ninguém a remove de lá!

O interessante é que eu encontro esse tipo de didática divina na bíblia.
Ele vem caminhando sobre as águas, quando os discípulos tinham “certeza” que ele vinha remando num barquinho. Ele demora mais no lugar onde está quando os discípulos tinham “certeza” que ele ia sair correndo para acudir Lázaro que estava doente. Ele prefere apostar nas dúvidas do incoerente Jó do que nas “certezas” religiosas de seus amigos. Ele manda o capitão Naamã pular sete vezes no rio Jordão, quando o capitão tinha “certeza” que o profeta ia apenas impor as mãos. Ele prefere acreditar na fé vacilante do centurião romano do que na religiosidade farisaica. Os exemplos são quase inumeráveis...

A dúvida não é o oposto da fé. E sim o medo. E Deus quer nos libertar dos medos. É nos momentos de incertezas que confiamos em Deus. E ele é a nossa única certeza. Esta é a diferença do Jesus do Evangelho do jesus da religião. O Jesus do Evangelho não é fixo. Não é previsível. Não é pontual. Não atende com hora marcada. Não tem agenda. Não tem dia. Não tem altar. Não tem geografia. É gostoso viver num mundo de certezas. Certezas geram segurança. E segurança gera conforto e comodismo. Talvez, esta seja uma das características mais gritante da religião. A religião nos dá muitas certezas acerca do mundo de Deus e do mundo, supostamente, espiritual. Estando certo acerca do que o “deus” religioso quer, então é só satisfazê-lo que está tudo certo.

Está tudo garantido. É preto no branco.

Lançamento do livro: CAÍDOS - Autor: Reinaldo de Almeida

  A GLÓRIA DE DEUS. Existem muitos textos na Bíblia referente à GLÓRIA de Deus! DEUS é o DEUS GLORIOSO. É um dos atributos d'Ele! Deus t...