A trindade do Cristianismo.
O Cristianismo não sobrevive sem as três tendas que construiu.
O Cristianismo histórico só existe em relação as três tendas que gerou. Ele se retro-alimenta.
Quando Jesus subiu com os três discipulos, Pedro, Tiago e João no monte da revelação, no ímpeto e no vislumbre da glória do Filho de Deus, Pedro sugeriu que ali, naquele monte, se construíssem três tendas.
Jesus ignorou tal proposta.
Por diversas vezes Jesus repudiou a idéia de se criar uma fixidez no caminhar pela fé de seus discipulos.
Mas a Igreja, após a morte da terceira geração daqueles que haviam se convertido à mensagem do Evangelho, não conseguiu resistir a tentação de construir sua "tenda". A fixidez de um templo.
No período do imperador Constantino, no ano 327, ela ganha a sua tenda.
A sugestão de Pedro incluía a presença de Jesus, Moisés e Elias. A necessidade de se colocar debaixo de uma liderança "ungida". Era a construção da segunda tenda. A necessidade de sacerdotes e mediadores. Jesus não era suficiente e único. Deveria haver um corpo profético (Elias) e outro doutrinário, no caso, Moisés.
A segunda tenda da qual o cristianismo está bem agasalhada são seus líderes pastorais (papas, bispos e pastores) como seus ícones necessários.
Finalmente, a terceria tenda se converge na necessidades de uma doutrina, de um credo, de um dogma. A igreja inventou a teologia (o estudo de Deus). Guarda com muito estima seu corpo de teologias sistemáticas. Defende com unhas e dentes seus dogmas e doutrinas.
Observe que essas tres entidades formaram e formam as igrejas hoje! Observe tambem, que são essas tres tendas que "emprestam" um sentido de segurança para os fiéis.
O que é essencial para o movimento cristão e outras formas de religiosidade que competem com o cristianismo não sobrevivem sem essas tres tendas.
Mas o que é essencial á religiosidade pagã, o Evangelho descarta sem nenhuma preocupação.
Jesus disse que o evangelho acontece no chão da vida e no interior do coração.
É difícil de enxergar isso?
Reinaldo de Almeida
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