Esta semana estava meditando na promessa de Jesus que disse:" Nunca te deixarei jamais te abandonarei" (Hebreus 13:5). Nesta mesma semana li num site aqui na internet onde seguidores de uma determinada denominação, cujos líderes estão retidos nos Estados Unidos pela justiça americana, começaram a chamar seus líderes fundadores de "pai" e "mãe" (ou até paizinho e mãezinha) espiritual, de onde, desta mesma igreja se difundiu muito a idéia de estar "debaixo de uma cobertura espiritual", ou seja, se referindo à necessidade de estar se submetendo à liderança de algum apóstolo, bispo ou pastor. paralelamente a essas duas reflexões, comecei a ler o livro do Frank Viola " Quem é a tua cobertura?" (ao qual baixei gratuitamente pela internet e recomendo que leiam quem assim deseja ampliar a compreeensão deste interessante assunto) , pois bem, as idéias se conflitaram dentro de mim.
Quando o texto aos Hebreus falava ao meu coração, confesso que refletia no real significado dele. A idéia de nunca ser abandonado pelo Senhor, seja lá quais fossem as circunstâncias, me trouxera um grande alento numa hora dificil que atravessava. A certeza do abandono dos amigos, da familia e até dos "irmãos" faz a alma entrar numa profunda caverna escura.
Por outro lado, vejo que três personagens, verdadeiros ícones na fé, em algum momento de suas vidas não só se sentiram abandonados, como expressaram a dor do abandono.
Temos Davi, Paulo e até mesmo o Senhor Jesus Cristo.
No Salmo 142, o Salmo emque Davi estava numa caverna, no verso 4 ele diz:" ...não há um lugar de refúgio, não há quem me reconheça, ninguém que por mim se interesse..."
É interessante que Davi tenha dito isso dentro de uma caverna. Sentir o abandono, o vazio de não significar nada a nínguem e percebendo quão invisível ele se tornara para as pessoas não conseguindo sensibilizá-las ao seu nível de angústia e tristeza e com isso aumentando ainda mais seu estado de abandono, foi muito ruim pra ele.
Davi era aquele que havia sido o campeão de seu povo, enfretara o gigante, tendo sido hóspede no palácio do rei Saul, as letras das canções nas bocas das moças de Israel flertavam o seu nome, e agora sentia-se abandonado e esquecido.
Paulo, o apóstolo, o fundador das muitas igrejas na Ásia, temido e respeitado por seus co-cidadãos judeus, mestre de muitos jovens discípulos e influente até mesmo na alta sociedade gentílica de sua época. Homem de muitos milagres e que atraíra multidões de cidades inteiras, cuja fama era o "tal" que virava os lugares por onde passava de cabeça para baixo, termina seus dias numa prisão em Roma dizendo que "em sua primeira defesa, perante César, nínguem foi a seu favor, ninguém protestou e ninguém o defendeu; antes, todos o abandonaram (2ºTim. 4:16). Sendo já velho, idoso, no entanto, um gigante na fé, termina os seus dias desse jeito.
Dá para entender uma coisa dessas? Onde está o amor de suas muitas igrejas fundadas? Na carta aos Coríntios, Paulo se ressente de que suas ovelhas estivessem honrando líderes que só queriam explórá-las e que por outro lado, sua liderança entre eles já estivesse caindo no abandono. Não me conformo com o fim solitário de Paulo...
E Jesus?
Sentiu a dor do abandono. O salmo 22 profetiza seu total estado de abandono na cruz. Entretando, por várias vezes ele percebeu a insensibildade dos discipulos que o acampanhavam; mencionou isso, reclamou disso. Já na última ceia, se conformou com a natureza humana, cheia de contradições e covardias. sabia que não poderia contar com eles para aquilo que ia enfrentar, finalmente Ele disse: " meu Pai está comigo!"
Tudo isso pensei na semana em que vi um pouco de minha vida passada. É claro, longe de se considerar como alguns desses homens. E de fato, quem é que já não se sentiu abandonado e esquecido?
Dizem que a expressão máxima do ódio é o abandono. Uma vez que alguem galgou todas os degraus da escada da mágoa, do rancor e das mais variadas expressões da amargura, o resultado final do desamor e´o abandono, a indiferença, o esquecimento.
Pois nesses momentos podemos sentir a ausência da presença de Deus, mas não a certeza da perda de sua presença de fato confome prometido em sua palavra.
É aí que as emoções e a fé se separam. Nesse ponto chegamos na bifurcação do caminhar com Deus! De um lado da estrada, se opta em caminhar pelos sentimentos, pelas emoções de Deus estar ou não conosco, e por outro, caminha-se pela fé na palavra do compromisso de sua presença sempre, todos os dias até a consumação dos séculos.
Neste ponto podemos nos ajuntar a Jesus, Davi e Paulo dizendo: " Meu Pai celestial está sempre comigo."
Continua...
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