terça-feira, 19 de agosto de 2008

Uma nação de idiotas


Tenho nestes últimos dias lido e assistido os livros e documentários do escritor e cineasta norte-americano Michael Moore. Estou estarrecido com tanta safadeza e com a decadência e a falência da cultura, economia, educação e do sistema de saúde do império norte-americano. O capitalismo imoral dos americanos finalmente está produzindo seus efeitos colaterais no próprio Estados Unidos; como um bumerangue, a nação norte americana começa a colher o que tem plantado de mau no mundo.

A América já não serve como referencial para as nações emergentes como exemplo de desenvolvimento responsável e sadio. A falência do dólar americano nos quatro cantos do planeta atesta o vazio e o caos da política arbitrária e armamentista de Bush. A caçada à Sadam Husseim e a invasão do Iraque foi uma cortina de fumaça na tentativa de esconder as tramóias perpetradas pela industria petrolíferas de Bush com a família de Bin Laden.

O mais triste disso tudo é que os problemas vivenciados pelos americanos são muito parecidos com os do Brasil, com a diferença de que o Brasil nunca vai experimentar as grandezas e as glórias das conquistas capitalistas dos americanos, ou melhor, caso as coisas continuem do jeito que estão, desta política alienada dos nossos governantes e o povo brasileiro insista em continuar calado diante de tanto abuso dos políticos, juízes e empresários brasileiros.

A legislação brasileira é injusta e corrupta.
O sistema de saúde, educação, segurança e outros serviços básicos no Brasil são vergonhosos. O capitalismo brasileiro é mais cruel do que o americano. Os políticos brasileiros são tão hipócritas e corruptos tanto quanto dos norte americanos. Mas disso todos nós já estamos cansados de saber.

O que me intriga é o comodismo e o estado de inércia da população. Falta liderança. Falta mecanismos de rebate. Falta a coragem daqueles que ocupam posições de liderança em suas comunidades.

Michael Moore no documentário "Sicko" critica a indústria da saúde. Ali ele diz que a diferença de uma nação bem administrada (tendo como exemplo o Canadá, Inglaterra e França) é que, no caso de uma situação como a nossa, o povo tem medo do governo, e no caso da deles, o governo é que tem medo do povo. Na França, por exemplo, se o sistema de saúde, da habitação, do trabalho e outros serviços publicos não funcionarem, o povo pára o país! Cabeças rolam se as coisas não funcionarem! Nos países com alto grau de equilibrio social o governo existe para servir o povo, e não o contrário. Aí está a diferença!

O mais triste ainda é vêr a igreja entrando no mesmo barco! A igreja imita o mundo! A liderança religiosa imita o governo! O povo é quem serve os pastores, quando deveria ser o contrário. Reflexo da política do mundo.

Embora Michael Moore não tenha conseguido atrapalhar a reeleição do Bush, ele continua tentando, porque, acredita que "um" pode fazer a diferença.

E nós?

Obs: para quem quer conhecer o trabalho de Michael Moore, poderá ler e assistir:

Cara, Cadê Meu País? (livro)
Cartas da Zona de Guerra: Algum Dia Voltarão a Confiar na América?
O Filme Fahrenheit 11 de setembro (documentário)
Stupid White Men: uma Nação de Idiotas (livro)

[editar] Filmografia
2007 - SiCKO (Filme sobre o sistema de saúde norte-americano)
2004 - Fahrenheit 11 de setembro (
Fahrenheit 9/11)
2002 - Tiros em Columbine (
Bowling for Columbine)
1998 - And Justice for All
1997 - The Big One
1995 - TV Nation 2
1995 - TV Nation
1985 - Operação Canadá (Canadian Bacon)
1992 - Two Mikes Don't Make a Wright
1992 - Pets or Meat: The Return to Flint (TV)
1989 - Roger e eu (Roger & Me)

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