sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Caídos


I
UMA NOTA ESTRANHA

Olhei para o relógio digital no painel do carro, eram exatamente 23h:20m. Parecia que o limpador de para-brisa não vencia a quantidade de chuva que caía no vidro de meu carro, dificultando enxergar a faixa pontilhada central que era a única referência que eu tinha naquele momento para manter o carro do lado certo da pista.
Estava vindo embora de mais um dia estressante de aulas ministradas numa escola de ensino médio numa cidade ao lado da minha que fica a 42 km distância, por uma pista muito perigosa, sem poder usar um acostamento decente, caso eu não conseguisse manter o carro no asfalto que naquele momento parecia estar flutuando e deslizando pelas várias lâminas de água que eu podia sentir através do volante do veículo, naquele momento eu era o único automóvel trafegando naquela noite chuvosa e escura. Embora estivesse preocupado com um possível deslize do carro naquela pista molhada, eu ainda estava sob o impacto do assunto que tinha ministrado para aqueles poucos alunos que tinham ficado para as últimas duas aulas. Qualquer professor sabe que na rede pública de ensino, poucos alunos ficam até o período pós intervalo para assistirem as últimas aulas, praticamente metade da classe “mata” as duas últimas aulas, o que, na verdade, é paradoxalmente proveitoso pois os alunos que ficam realmente são os alunos interessados em aprender.
Ainda pensando no assunto que deixou os alunos perplexos e a professora de História curiosa e encantada de querer saber de onde havia retirado as informações sobre os Nephilins, seres híbridos que habitaram a Terra antes do evento cataclísmico do Dilúvio. Lamentavelmente, a rede pública de ensino segue uma cartilha rigorosa anual no sentido de preparar o cidadão como mão- de-obra qualificada para o mercado de trabalho e não o prepara na arte de educá-lo, visando ampliar seu potencial de criatividade e proatividade, de modo que, muitos assuntos hoje abordados em salas de aulas são questionáveis diante de tantas descobertas.
Voltando ao assunto dos Nephilins, a Bíblia faz menção aos Nephilins, como anjos caídos, espíritos imundos ou demônios, e no apócrifo livro de Enoque sua origem começa com um grupo de Anjos, chamados de “vigilantes”, que se misturaram a raça humana, uma vez que esses mesmos anjos, cobiçaram as lindas mulheres que viveram no período pré diluviano, desejaram ser adorados como “deuses” e perceberam que as mulheres tinham órgãos reprodutores e projetaram gerar descendentes de sua própria espécie, uma vez que anjos não se reproduzem. Sabe-se lá, se não forçaram nessa cobiça gerarem um Cristo ou um anticristo, uma vez que nessa mudança de natureza não puderam mais voltar ao seus estados angelicais. Dessa mistura surgiram os seres nephilínicos, hibridizados e com alta estatura e com grande força e capacidade mental alterada. Na Bíblia se referem ao “Benai-Helohim, os valentes e heróis que viveram na antiguidade. Segundo o livro do Gênesis capítulo 6, Deus já cansado da maldade, violência e dos conflitos humanos, essa mistura, essa hibridização de anjos-homens foi a “gota d'água” para ele destruir de uma vez por toda aquela civilização com as águas de um grande dilúvio. A salvação da família de Noé não impediu das lembranças e das memórias que ficaram armazenados no inconsciente da humanidade, visto que, daí surgiram os mitos, os deuses e as fantasias na mente e nos sonhos dos homens de que esse planeta foi invadido por seres alienígenas. Egípcios, sumérios, gregos e os povos ascendentes dos antigos vikings tem inúmeros registros, crenças e cultos baseados nos Nephilins.
Resolvi diminuir a velocidade do veículo pois a chuva caía torrencialmente lá fora...continua...

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