segunda-feira, 26 de maio de 2008

O sincretismo da Igreja Evangélica Brasileira



Para entendermos o "fenômeno evangélico no Brasil" é necessário entender as raízes originais na nossa colonização européia (catolicismo medieval português), numa mistura com povos indígenas, suas crenças e supertições e finalmente os negros escravos trazidos em embarcações da Africa mística e umbandista.

Nesta soma das três raças de onde se originamos como povo brasileiro, o produto final é um povo com alma extremamente superticiosa e espiritualista.
A alma do povo brasileiro em sua essência é naturalmente voltada para o mundo do místico, da magia, da simpatia e da crendice. Isto está latente na natureza da raça do povo brasileiro.

O caminho da magia, do místico, da crendice é o caminho mais rápido e ilusório para resolvermos os problemas complexos da vida.
Na cultura católica medieval, nos cultos africanos e nas danças embaladas pelas batucadas dos tambores indígenas, o meio mais fácil de resolver situações complexas foi acreditar no poder dos amuletos, nas danças aos orixás ou nas magias dos pagés. Todas estas expressões ameríndias tem hoje seu equivalente na atual "igreja evangélica brasileira". Os líderes evangélicos perceberam isso e aplicaram "biblicamente" os símbolos e as expressões culturais dos judeus em substituição àquilo que sempre esteve impregnado na alma do povo brasileiro.

Hoje em dia se pratica as mais absurdas e ridículas campanhas e cerimônias corroborando aquilo que está latente na alma do povo brasileiro, seja ele evangélico, católico ou espírita.
Os apelos são os mais variados. Os artefatos mágicos são os mais diversificados: o sal grosso, a água do Jordão, o corredor da bênção, o manto sagrado de Jesus, a arca da aliança, o lenço ungido, a trombeta de Jericó, a cruz de cristo, a porta aberta, a rosa ungida, o óleo de mirra, ufa! Haja criatividade. No entanto, o princípio de afastamento do verdadeiro evangelho permanece e a opção pelo caminho mais fácil e mágico permanece!

Não há libertação verdadeira da mentira. Até mesmo os grupos mais conservadores podem não usar tais meios , no entanto, sempre há um espírito superticioso alegando não haver salvação fora da igreja ou da doutrina da igreja, ou da teologia da igreja, ou da autoridade dos líderes da igreja, enfim substituíram os amuletos ridiculos por outros mais sofisticados,mas a crendice permanece.
O evangelho de Cristo não é suficiente para a salvação.
A graça precisa de "apoio" para poder ser eficaz.

Os gálatas, a quem Paulo advertiu, são "inocentes" diante de tanta mistificação e negação da graça ao qual presenciamos nesta religiosidade atual do povo brasileiro.

Reinaldo de Almeida

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