Você leu bem o título?


É o “ministério” do de-sa-pa-re-ci-men-to.

Esse é o único ministério que Jesus deixou para nós exercermos e é o único ministério que a grande maioria não consegue praticar.

É o ministério do sal e da luz



Jesus disse: “Vós sois o sal da terra e a luz do mundo “.


Para que serve o sal?

Para que serve a luz?

Primeiro, é que não existe ministério que seja, realmente bíblico, que não seja “servir”.



Ministrar é servir.


Servir é dom do Espírito. Todos os dons do Espírito só servem para “servir” ( a redundância é proposital).

Servir o próximo (seja ele quem fôr).

Ser um servo.

Jesus disse que no Reino de Deus maior é aquele que serve. Quer ser o maior? Sirva.

Quer ser “Ministro”? Sirva.

Jesus disse que ele mesmo não veio para ser servido, mas para servir.



Então quando digo que os tais líderes, apóstolos, bispos, profetas que estão aparecendo nos dias de hoje, tanto eles como os seus admiradores são seres iludidos,é por que eles estão tomando o caminho oposto do Espírito do Evangelho.

Parece que nesse tipo de “Seminário Teológico” ninguém hoje em dia quer se tornar “doutor” e “bacharel”. Bacharel no amor ao próximo.



O sal “serve” para emprestar seu sabor aos alimentos.


A gente não come “torrão” de sal!



Se o sal aparecer muito na comida, ele estraga o sabor. Ele “rouba” a cena da comida. Ele tem que desaparecer. Se misturar no alimento.


Você já comeu torrão de sal?

Por isso, disse que não aguento mais ouvir o nome desses apóstolos, bispos, profetas que vivem querendo se aparecer na mídia.



João Batista disse: “convém que Ele cresça e eu desapareça!”.


Hoje em dia todo mundo que ser “pastor” para ser servido e não servir. Quer ser servido pelo grupinho que conseguiu ajuntar em volta de si. Recolher o dízimo e a oferta deles para ser servido. Para ter um bom salário sem precisar trabalhar muito. Quem sabe, o grupinho crescendo, o dito cujo do “pastor” possa trocar de carro, comprar uma casa maior e até “aparecer” na mídia e se tornar famoso e importante. Não é a toa que hoje em dia tem um monte de gente tendo um chamado “pastoral”. Afinal de contas, esse é um meio muito fácil de ser tornar “alguém” sem precisar de muito esforço. Ninguém pensa em pastorear em termos de “servir” em amor.

Observe que no Novo Testamento quase não existe esse título “pastor” com a mesma importância que se ganhou nos dias de hoje. A metáfora do pastor é empregada insistentemente na Pessoa de Jesus em João 10. Fora isso, como pronome “pessoal” de algum outro sujeito, ele não existe. Mas é lógico que só lemos a bíblia hoje do jeito que fomos condicionados a lêr…

Na igreja primitiva o líder ganhava o destaque de “líder” pelo amor e serviço sacrificial que ele prestava. Leia as cartas de Paulo. Observe como Paulo ele se referia a seus colegas de “ministério”. (Mas quem é que está interessado em saber isso!?)

Não tem nada a haver com essa loucura que presenciamos nos meios evangélicos nos dias de hoje.



Qual a função da luz?


Serve para iluminar.

Só isso.

Tudo isso.

Jesus disse “vós sois a luz do mundo”.

Só luz.

Luz gostosa.

Luz necessária.

Ele não disse: ” vós sois o farol de milha do mundo”. Vós sois o “holofote” do mundo.

Luz demais cega.

Luz demais irrita.

Luz demais atrapalha.

Já experimentou olhar 10 segundos para a luz do sol?

Mas tem gente que quer se aparecer demais. Perdeu sua utilidade. Está atrapalhando o mundo. Veja os escândalos que tem surgido na mídia em função de alguns “apóstolos” e “bispos”. É luz demais, está atrapalhando e confundindo o mundo. São seres surtados. Perdidos em suas ambições.

Seria conveniente que esses tais “torrões de sal” e “holofotes” desaparecessem.

Mas todos sabemos que isso é muito improvável que aconteça. Teria que haver muita humildade. Teria que haver muito sacrifício. Seria muito bom se os malafaias, hernandes, macedos, waldomiros e renes-terra-velha da vida, voltassem a ser só sal e só luz. No caso desses, só pela misericórdia de Deus. Pois caso contrário, nós sabemos muito bem o que aconteceu para aquele “anjo de luz” que ambicionou ser “holofote e farol de milha” nas alturas.

Reinaldo de Almeida