domingo, 28 de julho de 2013

O convite do Evangelho de Jesus


O Evangelho de Jesus nos convida para a Liberdade:
A sociedade está fundamentada em bases sólidas e monolítica da ordem estabelecida pelos poderes políticos e suas instituições. Qualquer movimento que desafie os poderes constituídos pelos dominadores e até aqueles eleitos pela maioria é visto como uma ameaça da ordem estabelecida por essa grande entidade chamada "Estado". Qualquer ameaça ao Estado é reputado como "anarquia", caos e desordem. Mas a palavra "anarche" significa "sem autoridade", sem dominação" e não bagunça, baderna e caos como a maioria pensa!

O Evangelho de Jesus nos convida para a Paz.
Não existe paz sem verdadeira liberdade. A paz é resultado de ausência de medo. Se há uma figura, que possa ser o próprio Deus, ou qualquer outra entidade, seja ela física, meta física, impessoal ou imáginária que limite a liberdade do ser humano, a paz não é real!

O Evangelho de Jesus nos convida para a Certeza. Eu só posso ter liberdade e paz quando possuo certeza de verdades essenciais. Se eu não tiver uma certeza que transcenda todas as perguntas importantes e centrais da vida então não tenho nem liberdade, nem paz e nem alegria verdadeira, certeza garantida pela verdade absoluta de Deus. Se Deus o próprio Deus não me der garantias de que minha certeza está "certa", então liberdade, paz e alegria são apenas espasmos emocionais produzidos pela mente, por processos do intelecto, em outras palavras, sentimentos passageiros!

O Evangelho de Jesus nos convida para a Alegria.
A alegria aqui é fruto, é resultado da liberdade, da paz e da certeza. Tem mais relação com um contentamento, de estar contente, de estar satisfeito, estar cheio, pleno. Aí acabam-se as buscas, os medos, as inseguranças. A mente está serena, o espírito tranquilo, quieto.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

A lei absoluta do plantio e da colheita como falácia relativizada na vivencia do ser.


Ultimamente venho ouvindo muito as expressões : "Quem planta, colhe!", ou "quem planta vento, colhe tempestades", ou ainda, "Deus perdoa mas a pessoa colhe as consequências!". E por aí vai...

Eu sei que há vários textos bíblicos, ditados populares, experiências vividas na pele por pessoas que "plantaram e agora estão colhendo". A famosa lei da semeadura: colhemos o que plantamos!

Tenho ouvido frequentemente essas expressões das mais diversas e variadas bocas que encontro no dia a dia da vida. Na fila do banco, ouço a conversa de duas mulheres. Na banca do jornaleiro com o freguês. Nos púlpitos dos pregadores católicos e dos evangélicos tele eletrônicos.

Mas algo me incomoda nessas expressões! Não sei se é a energia negativa com a qual ela soa quando mencionada. Ou o desejo de que "Deus pese a mão", ou o "Diabo pegue a pessoa no caminho da vida". Há, me parece, um espírito vingativo e amargurado, geralmente acompanhado dessa expressão tão aparentemente bíblica e verdadeira!

De uma coisa tenho certeza: Quase sempre essa expressão vem acompanhada de um juízo temerário, um desejo que uma vingança retributiva de Deus se cumpra; Um "carma" espírita se realize "nesta vida" e ela pague o que fez...

Creio que você entendeu!

Isso é defendido quando se é o predador da justiça divina da história. Mas quando você se torna a presa? E quando você descobre que o telhado de sua casa é de vidro também?

E quando você percebe e pressente que seus filhos ou netos, ou até mesmo, aqueles nem nascidos ainda, podem colher ou plantar o que você não desejou? E você se tornar um participante da colheita deles?

E quando você ignora "que o mundo dá muitas voltas" e como uma metralhadora repete esse carma-macumbeiro-cristão até que uma das palavras dessa expressão  ricocheteia em você?

Não me refiro aqui a justiça que o pedófilo, estuprador, assassino, latrocida deva pagar num tribunal de justiça da sociedade. O tribunal de justiça dos homens deve julgar os delitos dos homens quanto a sociedade!

Eu me refiro às questões pessoais e de foro íntimo. As relações familiares, amigáveis e interpessoais, no trabalho, na escola, na igreja, entre sócios e negociatas!

Nesse país católico-evangélico-espírita, essa expressão virou um dogma na boca dos "cristãos"!

Mas embora a lei da semeadura seja verdadeira, contudo ela não é regra sem exceção! Muito pelo contrário, ela tem tanta exceção quanto é regra na lei. 

Até na lei que rege a natureza da própria lavoura do sertanejo. O lavrador prepara o solo, planta a semente, aduba, irriga, mas basta uma seca, ou um tufão tempestuoso, ou uma praga de gafanhoto e ele não vai colher nada!

Na vida das pessoas isso acontece com frequência  a exceção é tão frequente quanto a regra!
Vejamos:
O que Jó plantou para colher o que colheu?
Por que João Batista teve sua cabeça numa bandeja de prata na casa de Herodes? O que de ruim ele plantou?
Por que Paulo morreu abandonado numa prisão romana depois de ter plantado o Evangelho por mais de 40 anos?
Por que Jeremias, Isaías, Oséias, Ezequiel morreram serrados, enforcados, apedrejados depois de plantarem a Palavra de Deus por décadas incansavelmente?

Por que Chico Mendes levou um tiro no peito por defender a floresta amazônica e as famílias dos seringueiros?
Por que Mahatma Gandhi...?
Por que Martin Luther King...?
Por que Abrahan Lincon foi assassinado...?

Onde se encaixa a "lei da semeadura" aí?

Por que gangsters, mafiosos, traficantes políticos corruptos morrem muitas vezes com 70, 80, 90 e até 100 anos de idade sem nunca forem pegos?
Por que Joseph Menguele, o carrasco nazista carniceiro viveu seus últimos dias sossegadamente no Brasil e na Argentina em anonimato absoluto e tranquilo?
Repito:
Onde se encaixa a "lei da semeadura" 

Nesse caso, é bom entender as palavras de Jesus que disse: "Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;
Mateus 5:10


Conclusão:  nem toda colheita ruim vem do Diabo e nem toda boa colheita vem de Deus.

Pode ser o contrário também...

Reinaldo de Almeida

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Um perdão com defeito é pior do que perdão nenhum



De fato, só existe um tipo de perdão: o absoluto!

Mas, o perdão mal dado é mais comum do que se pode imaginar. Na verdade, parece que ele é o mais frequente entre nós, mas muito distante do perdão ensinado por Jesus.
Há uma amnésia propositada no perdão divino. Um esquecimento perfeito, como é perfeito aquele que esquece dos nossos pecados diários.

Observe a conduta de Jesus em relação à Pedro depois da ressurreição e da subsequentes "afirmativas" por parte de Pedro ("Pedro, tu me amas?). Não se tocou nunca no assunto. Se não soubéssemos que Pedro havia negado tres vezes o seu Mestre, o que dependeu da narrativa daquele encontro no lago da Galiléia após a ressurreição, jamais conseguiríamos "vincular" aquelas tres perguntas dos "amores" que Jesus inqueriu de Pedro , preso ao fato de que aquilo seria e foi uma maneira de restaurar a saude espiritual, emocional e psicológica de Pedro. Mas mesmo assim, não há ali nenhuma explicação explícita relacionando um episódio com o outro, ou há?
Isso é perdão, o resto é ilusão!
Conseguimos perdoar assim?

Observe que a conduta de Jesus é exatamente igual a do pai da parábola do filho pródigo que foi narrada em Lucas 15. O pai da parabola não toca no assunto em nenhum momento sequer. Quem relembra o pai do prejuízo causado pelo filho prodigo foi o irmão mais velho. E mesmo com as acusações, o pai não toca no assunto.

Um dos episódios mais impressionantes de perdão na Antigo Testamento foi no caso trágico seguido de assassinato na vida do rei Davi
Uma vez que Deus pune Davi com a morte da criança, fruto de um caso extraconjugal com Bate Seba, a bíblia diz que o filho nascido depois foi amado pelo Senhor (Salomão)seguido pelo fato de Deus nunca mais tornar a tocar no assunto de novo! Posteriormente, muita coisa ainda aconteceu na vida de Davi e na história de Israel, mas em momento nenhum Deus depois toca no assunto, pelo contrário, numa profecia entregue a Ezequiel sobre os pastores de Israel (Ezequiel 34), muitos anos depois, Deus toma Davi como referência de pastoreio, dando-nos a impressão de uma tristeza saudosa do amor de Davi pelo povo de Deus.

Que perdão perfeito! Que perdão divino!
Somos chamados a perdoar da mesma maneira, tanto no sermão do Monte (Mateus:5), como na Oração do Pai nosso e em muitos outros momentos, tanto nos evangelhos como nas epístolas neotestamentárias.

Só a Graça de Deus no coração pode retransmitir um perdão assim.

Como disse Caio Fábio: "Perdão é encarnação da Graça!"

Lançamento do livro: CAÍDOS - Autor: Reinaldo de Almeida

  A GLÓRIA DE DEUS. Existem muitos textos na Bíblia referente à GLÓRIA de Deus! DEUS é o DEUS GLORIOSO. É um dos atributos d'Ele! Deus t...